Aí§íµes coletivas territoriais no Chile, 2011-2013: do protesto ambiental, a autonomia regionalista

Resumo

Durante a última década Chile tem aumentado a agitaí§í£o social, que tem evidenciado em um aumento em aí§íµes coletivas. Neste cenário, desde 2011 questíµes regionais e locais tíªm sido, juntamente com a educaí§í£o, entre os temas de maior presení§a na vida política e nos meios de comunicaí§í£o. Prova disso sí£o casos como Aysén, Punta Arenas, Calama, Arica, Huasco-Freirina, Tocopilla, entre outros. No entanto, apesar de que as ciíªncias sociais nacionais tíªm notado o aumento de conflitos e constatado um novo ciclo das relaí§íµes Estado-sociedade, há pouca pesquisa sobre as características de cada um dos eventos que realizam tal transformaí§í£o. O presente artigo procura avaní§ar nessa linha, caracterizando as principais aí§íµes coletivas regionais realizadas desde 2011. A hipótese de trabalho por trás disso é que, dentro de um quadro nacional de conflitos sociais regionais, coexistem fení´menos diferentes que ní£o necessariamente apontam para a transformaí§í£o social, ou o estabelecimento de um novo ciclo de relaí§íµes Estado-sociedade; e que, apesar disso, a politizaí§í£o dos movimentos territoriais de um processo que vai desde uma demanda plural (relativa ao meio ambiente, salários, servií§os públicos, subsídios, regalias) para uma meta narrativa anticentralista e em favor de uma transformaí§í£o possa conduzir a uma maior autonomia política e financeira das regiíµes.